A saúde dos trabalhadores brasileiros está em evidência devido ao aumento de afastamentos autorizados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A cada ano, milhares de profissionais precisam interromper suas atividades por problemas de saúde que, em muitos casos, poderiam ser evitados com pequenas adaptações na rotina e no ambiente de trabalho. Desde doenças musculoesqueléticas até transtornos psicológicos, esses afastamentos revelam tanto desafios físicos quanto emocionais e reforçam a importância de políticas de prevenção e cuidados contínuos com a saúde no ambiente laboral.
Principais motivos para afastamentos
Segundo o INSS, as doenças osteomusculares – como lombalgia (dor nas costas) e lesões por esforço repetitivo (LER) – lideram entre os motivos de afastamento. Em 2023, estatísticas indicaram que aproximadamente 30% dos auxílios-doença foram concedidos a trabalhadores com problemas musculoesqueléticos. Esse dado evidencia a alta ocorrência de condições provocadas pela má postura, repetição constante de movimentos e falta de ergonomia no local de trabalho.
Além das condições físicas, os transtornos mentais e comportamentais têm se tornado cada vez mais significativos. Questões como estresse, ansiedade e depressão representam cerca de 20% dos afastamentos. Com o aumento das pressões e exigências no ambiente de trabalho, um número crescente de profissionais enfrenta desafios para preservar a saúde mental. Vale lembrar que o bem-estar emocional é tão essencial quanto o físico – você já refletiu sobre o impacto do estresse e da sobrecarga diária na sua qualidade de vida?
Doenças respiratórias e exposição a riscos no ambiente de trabalho
As doenças respiratórias estão entre as causas mais comuns de afastamento, especialmente para trabalhadores expostos a condições insalubres ou em contato constante com agentes químicos e poeira. Dados do Ministério da Saúde mostram que setores como construção civil, indústria química e mineração são fortemente impactados, apresentando altos índices de doenças respiratórias ocupacionais. Em locais com pouca ventilação, esses problemas se tornam ainda mais frequentes.
Aumento dos transtornos mentais e do burnout
Nos últimos anos, o esgotamento profissional, ou burnout, tem ganhado destaque entre os problemas de saúde mental e já representa uma das principais causas de afastamento. Um levantamento do Ministério da Saúde indica que o burnout corresponde a 10% dos afastamentos relacionados a transtornos mentais.
Como empresas e colaboradores podem atuar para reduzir afastamentos?
Empresas que adotam políticas de saúde ocupacional conseguem diminuir os afastamentos e promover o bem-estar de suas equipes. Ações como treinamentos de ergonomia, pausas regulares e apoio psicológico são fundamentais para prevenir o surgimento de doenças ocupacionais.
Se você trabalha em um ambiente onde o ritmo é intenso e a saúde ocupacional não é priorizada, vale a pena propor mudanças. Pequenas práticas podem contribuir para a preservação da saúde de todos e evitar problemas no futuro.
O papel do INSS e o processo de afastamento
Quando o trabalhador precisa se afastar, o INSS oferece o auxílio-doença, benefício concedido a quem comprova, por meio de laudo médico, incapacidade temporária para o trabalho. No entanto, o processo para obter o auxílio pode ser longo e burocrático, exigindo perícias e, em alguns casos, superando obstáculos para a liberação do benefício. Caso você ou alguém próximo enfrente dificuldades para obter o auxílio-doença, buscar orientação especializada pode ajudar a entender melhor os direitos envolvidos.
O aumento de afastamentos por doenças ocupacionais no Brasil ressalta a importância do cuidado com a saúde no ambiente de trabalho. Seja empregado ou empregador, lembre-se: cuidar da saúde hoje é investir em um futuro mais produtivo e satisfatório.